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HISTÓRIA (E ESTÓRIAS) DA DERMATOLOGIA VETERINÁRIA
A dermatologia veterinária, praticada dentro da patologia médica, já é referida por CATO (200 a.C.) ao recomendar o emprego da borra de óleo de oliva, tremoço e um vinho ("do bom") na terapia da sarna de ovinos... Este tipo de protocolo de tratamento, associando vegetais ou combinando produtos da flora à banha suína, óleo de cárter ao enxofre, tem ainda seguidores que o empregam nas mezinhas populares por sobre nossos "pacientes".
No Brasil, especificamente em São Paulo, com a criação em 1917 da mais antiga escola de medicina veterinária paulista praticava-se a clínica dermatológica junto à clínica médica, mormente de monogástricos herbívoros e carnívoros, espécimens estes que sempre pagaram um maior tributo às enfermidades tegumentares. Com a chegada, da Bélgica, na década de 20, de um dos maiores cirurgiões veterinários brasileiros, René Straunard, que regeu a cátedra de Propedêutica, Patologia e Clínica Médica nos anos 30, foram incorporados novos procedimentos de diagnóstico e aumentadas as formulações terapêuticas, a exemplo daquelas preconizadas para tratamento das micoses superficiais ("Fórmula de Straunard") e da atopia – "eczema" – como a mistura do "magnésio calcinado ao enxofre lavado".
A ênfase dada aos primórdios da dermatologia veterinária praticada em solo paulista se deve ao fato desse Estado ter se constituído no berço da prática da especialidade, no decorrer do século passado, mais precisamente nos anos setenta.
Na velha Faculdade de Medicina Veterinária, então sediada (sua terceira sede), no bairro da Aclimação, mais precisamente à Rua Pires da Mota no. 1, a partir de sua inclusão, na década de 30, na novel Universidade de São Paulo, a matéria dermatológica, ministrada na Patologia e Clínica Médica (Primeira Cadeira/Monogástricos) era de responsabilidade do catedrático Sebastião Nicolau Piratininga. Seu sucessor Max Ferreira Migliano, que se aposentou na década de 70, enfatizava muito a importância da dermatologia, principalmente nos insolúveis (e até hoje o são) casos de "ezcema" (eczema "sine materia" nas formas mais graves!), hoje dermatite atópica, e da velha "sarna negra".
Os docentes Piratininga e Max foram os professores de clínica de monogástricos, juntamente com Luiz Carrieri, do então jovem Cid Figueiredo.
Cid Figueiredo, graduou-se na Pires da Mota, no ano de 1965, em turma de 34 acadêmicos, que gerou 17 professores universitários. Iniciou sua carreira como zootecnista e clínico em uma cooperativa de cafeicultores, no interior de São Paulo. Em junho de 1968, foi contratado como docente pela antiga Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu. Naquele mesmo ano, havia concluído a pós-graduação em cirurgia bovina, em curso formulado pelo Prof. Ernesto Antonio Matera, catedrático de cirurgia da então Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo e que se constituiu no primeiro curso de pós-graduação brasileiro.
Em Botucatu, Cid praticava a clínica de todas as espécies animais, atendendo todo e qualquer animal que aparecesse no ambulatório, segundo suas estórias...
É certo que há mais de 30 anos não se praticava ou sequer se imaginava a existência de uma especialidade por sistema orgânico, praticava-se, no máximo, a especialidade por espécie.
Na hoje Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UNESP, "campus" de Botucatu, o Prof. Cid decidiu por enveredar e praticar mais a fundo uma especialidade de per se. Muito refletiu para escolhê-la passando pela neurologia e pela nefrologia de cães e gatos, espécimes estes que eram por ele atendidos desde 1970.
Naquele ano, realizou um levantamento retrospectivo de casuística, em função do sistema sede da enfermidade, verificando que o sistema tegumentar representou, no ano de 1970, o substrato para o assestamento de 44% das doenças atendidas, em Botucatu. Vislumbrando então sua futura especialidade, adquiriu, no segundo semestre de 1971, um livro de dermatologia de pequenos animais. Na ocasião, a primeira edição do "Small Animal Dermatology", datada de 1969, e de autoria de Muller & Kirk (G.H. Muller e R.W. Kirk), com 485 páginas. Não era ele o primeiro livro de dermatologia veterinária NA , mas seguramente se tornou no mais famoso, com as subseqüentes cinco outras edições.
Segundo Cid Figueiredo ... "considero o dia 9 de setembro de 1971 – aliás o dia do médico veterinário – como o marco inicial da carreira (dele) dermatológica, por ter sido não só o dia que adquiri o citado livro, como realmente comecei a devorá-lo".
"Achada" sua especialidade, passou a freqüentar o "curso (SIC) de semiologia da pele" na Faculdade de Medicina de Botucatu, aonde veio a re-encontrar um seu ex-aluno, o médico veterinário Viciany Erique Fabris que, então, cursava a residência em Patologia na Faculdade de Medicina. Este demonstrava grande pendor e interesse pela patologia cutânea e, então, a associação entre o primeiro dermatólogo clínico veterinário com o primeiro dos dermatopatólogos veterinários se concretizou. Data deste período a elaboração de um "saca bocado" tupiniquim, para que se implementasse as biópsias de pele, sem o emprego dos raros e caros "punchs" de então.
Ainda, na década de setenta, a quilômetros de Botucatu, na célula mater das escolas veterinárias paulistas, já trasladada para o "campus" do Butantã, na Cidade Universitária Armando de Salles Oliveira, a matéria dermatológica era ministrada por um então clínico de pequenos animais, assistente do Prof. Max Migliano. Ao luso-brasileiro Pedro Manoel Leal Germano, hoje professor titular da Faculdade de Saúde Pública, competia a ministração das poucas horas de dermatologia de cães e gatos. Na clínica de poligástricos ministrava-se, na época, e por Carlos Eduardo Reichmann, apenas uma "aula de dermatologia" sobre fotossensibilidade da pele.
Em 1974, o Prof. Germano desligava-se do então Departamento de Patologia e Clínica Médicas (VPC). Os professores mais graduados do VPC, os Professores Eduardo Harry Birgel e Leonardo Miranda de Araújo, incumbem um recém contratado professor, graduado pela FMVZ-USP, na "Gloriosa de 1972", provindo de breve estada como professor assistente da UNESP "campus" de Jaboticabal (Faculdade de Medicina Veterinária e Agronomia), como ministrante das aulas de dermatologia. Sem muita escolha, em julho de 1974, o auxiliar de ensino Carlos Eduardo Larsson compra, também, a primeira edição do "Small Animal Dermatology", passando o mês de julho a estudá-lo, fotografando com uma velha Minolta RT, os belos cromos do compendio para ilustrar suas aulas.
Esta "sugestão" imposta para preparar as aulas de dermatologia, redundou, 10 anos mais tarde, na criação do primeiro serviço de dermatologia em faculdades de medicina veterinária latino-americanas. O Serviço de Dermatologia, do hoje Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, iniciado de forma tímida, com o atendimento de 364 casos (194 "novos" e 170 "retornos") no ano de 1984, pelo então já Professor Assistente Doutor e pela médica veterinária recém formada Márcia de Almeida Gonçalves, bolsista do CNPq, é oficialmente criado em abril de 1985, a partir da propositura do Prof. Larsson, de 1984.
Em 20 anos (1984-2003) o sonho de criação de serviço especializado pôde se tornar patente com o atendimento de exatos 74.941 casos, sob a responsabilidade do Prof. Larsson e dos médicos veterinários do HOVET/FMVZ-USP, que se sucederam: Márcia de Almeida Gonçalves, Ana Luiz Basso Penteado, Cibele Rossi Nahas, Ronaldo Lucas e Mary Otsuka Ikeda.
Voltando à década de 1970, no primeiro congresso da ANCLIVEPA, organizado pelos cariocas Paulo Bruxellas e Paulo Maggioli, se contou com a presença, no Hotel Glória, sede do evento, do professor da Cornell University, Robert W. Kirk, que ministrou o primeiro dos cursos internacionais de dermatologia veterinária do Brasil.
O Prof. Cid Figueiredo, então com vistosas suíças (na face!), serve de cicerone, interprete e conselheiro (SIC) ao famoso Kirk. Este inter-relacionamento possibilitou a entrada do Prof. Figueiredo, em 1977, como primeiro dos estrangeiros e dos brasileiros (atualmente se conta com outros dois: Carlos Eduardo Larsson, desde 1998 e Sheila M.F. Torres, 1987) na "American Academy of Veterinary Dermatology".
A seguir, Cid Figueiredo viaja aos Estados Unidos da América do Norte, estagiando nos serviços de dermatologia das universidades da Califórnia (Davis) e da Pensilvânia (Filadélfia) e do Animal Medical Center, de Nova Iorque, estabelecendo contactos e conhecendo pesquisadores e dermatólogos como Anthony Stannard, Robert Schwartzman, Benjamin Baker, Gene Nesbitt, James Conroy, Richard Halliwell, Danny Scott e Peter Ihrke.
Em 1985, a ANCLIVEPA-RS traz ao Brasil, Peter Ihrke, para o congresso brasileiro, instalado no Hotel Embaixador, em Porto Alegre. Nesse segundo curso internacional, surge o convite para que Cid Figueiredo participasse, como professor visitante, em 1989, do Serviço de Dermatologia da Universidade da Califórnia, na última de suas estadias nos EUA, voltada à dermatologia.
Nos anos oitenta, ainda, mais precisamente em 1986, na sede da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, presidida por Carlos Eduardo Larsson (gestão 1984-1987), o Prof. Figueiredo recebe, das mãos do então Presidente do CRMV/SP, o título de especialista em dermatologia veterinária, à luz da então legislação do Conselho Federal de Medicina Veterinária, e por ele requerido. O pioneiro da dermatologia veterinária recebe o primeiro dos títulos de especialista das áreas de atuação do médico veterinário. Oito anos mais tarde, Cid Figueiredo se aposenta da FMVZ/UNESP, dedicando-se hoje, à tradução de livros técnicos e residindo na cidade de Salto, em São Paulo. Pôde, em 25 anos de docência, gerar e consolidar a formação de outros profissionais na especialidade, como Sonia Regina Verde da Silva Franco, Flávio Quaresma Moutinho, Helena Ferreira, José Antonio Viana, Lissandro Gonçalves Conceição, dentre outros.
A década de 70 foi, talvez, aquela que congregou as maiores efemérides da especialidade. A par de se constituir no início das atividades da especialidade, em Botucatu e em São Paulo, de iniciar a era dos eventos dermatológicos internacionais no Brasil, foi, também, a década em que se implementou o primeiro curso de dermatologia veterinária brasileiro, ministrado por brasileiros da USP, em abril de 1977, na FMVZ, sob a denominação de "Curso de Dermatologia Veterinária de Pequenos Animais". Sob a coordenação de um radiologista que presidia a ANCLIVEPA/SP, o Prof. Dr. Benedicto Wladimir de Martin, e ministrado por Carlos Eduardo e Maria Helena Matiko Akao Larsson, Ana Lúcia Ragusa e o próprio Benedicto. Este evento gerou uma série de outros, tal como aquele implantado em abril de 1984, pela Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, e que congregou centenas de participantes, e outros de cunho internacional com a vinda de professores argentino (Andréa C. Wolberg), francês (Didier Noel Carlotti), espanhol (Lluis Ferrer Caubet), norte americanos (Gene Nesbitt, Danny Scott) sob a promoção da ANCLIVEPA/SP, da Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária e das Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP e da UNESP.
Em 1990, publica-se sob os auspícios de tradicional farmácia magistral paulista, o primeiro formulário médico-veterinário de prescrições medicamentosas, tópicas e sistêmicas, visando as enfermidades tegumentares, de autoria do Prof. Larsson. A chamada "Arte de Formular", revivida, editada em opúsculo, redundou em três novas edições, com várias re-impressões (afora cópias não autorizadas!).
No Brasil, afora os dois paulistas, em outros estados da federação, docentes de universidades federais e estaduais passaram, também, a se dedicar à especialidade. Dentre eles se incluem Sheila Torres (UFMG), hoje docente na Universidade de Minessotta, José Garibaldi Leite Viana (UFSM), Eliana Palaoro Pereira (UEL), Regina Helena R. Ramadinha (UFRRJ), José Antonio Viana (UFV), dentre os "mais vividos". Somam-se a eles uma safra nova de docentes, com nítidas tendências dermatológicas e formação acadêmica na especialidade, como Ronaldo Lucas, Soledad Cássia Chiesa, Cibele Rossi Nahas, Paulo Sérgio Salzo, Adelaide Magalhães, Rita de Cássia Carmona Castro, Lissandro Gonçalves Conceição, afora profissionais que sobrevivem apenas às custas da especialidade, praticada em hospitais-escola ou na clínica privada como Mary Otsuka Ikeda, Carlos Eduardo Larsson Junior, Ericka Homan Delayte, Márcia Cristina Sonoda, Ana Cláudia Balda, Cibele Rossi Nahas Mazzei e dezenas de outros.
Em termos associativistas, em 1991, o Prof. Cid Figueiredo elaborou um anteprojeto de uma, então, por ele denominada "Academia Brasileira de Dermatologia Veterinária", remetendo-o à análise do Prof. Dr. Carlos Eduardo Larsson, sugerindo, elegantemente, que este viesse a se tornar o presidente da ABDV ou que, "no mínimo" (SIC), viesse a assumir a secretaria geral da Academia.
O Prof. Larsson propôs modificações ao anteprojeto devolvendo-o ao autor, com a sugestão de alguns nomes para compor a primeira das diretorias, manifestando sua inquietude com o pequeno número de dermatólogos e sua grande dispersão nos estados brasileiros. A idéia não se concretizou, até que, no apagar daquela década, em viagem aos EUA, reuniram-se os brasileiros Larsson e Ramadinha, com o argentino Ernesto Hutter, e se voltou a discutir a criação de uma entidade brasileira ou latino-americana, por "forte sugestão" do dermatólogo portenho, que não havia logrado êxito na criação de uma entidade nacional argentina de dermatologia ("... los porteños pelean muchísimo...").
Em 2000, estribado em experiência pretérita na condução das Sociedades Brasileira e Paulista de Medicina Veterinária e da ANCLIVEPA/SP, e na elaboração do estatuto desta última, o Prof. Larsson retoma a idéia não consolidada, elaborando os estatutos do que veio, em março daquele ano, a se constituir na Sociedade Brasileira de Dermatologia Veterinária. O anteprojeto fez, então, o caminho inverso. Foi submetido à análise do Prof. Cid.
Programou-se, com o auxílio logístico e do prestígio, dos então presidentes do CRMV-SP, da ANCLIVEPA-SP e da SPMV, respectivamente, os Prof. José Alberto Pereira da Silva, Ricardo Coutinho do Amaral e Arani Nanci Bomfim Mariana, os três uspianos, uma assembléia geral, nos próprios do Century Paulista, "flat" no bairro do Paraíso, na Capital paulista, submetendo à aprovação dos presentes o anteprojeto de estatuto, adequado juridicamente pelo secretário aposentado da FMVZ/USP, o bacharel Pyrro Massella. No início da noite, tão paulistana e chuvosa, com tráfego parado, do dia 16 de março de 2000, perante aos sócios fundadores, então em número de oitenta e três, leram-se os Capítulos e Artigos do Estatuto da SBDV, que foi aprovado sem ressalvas. Elegeram-se os membros da primeira diretoria, deu-se posse a estes, agraciando-se os primeiros sócios honorários e benemérito (MERIAL – Saúde Animal) da nova Sociedade. Além dos presidentes do CRMV/SP, da SPMV e da ANCLIVEPA/SP, foram agraciados o Prof. Dr. Maurício Motta de Avelar Alchorne, presidente da co-irmã Sociedade Brasileira de Dermatologia e Prof. Dr. Lluis Ferrer Caubet, professor catedrático da Faculdade de Medicina Veterinária da Universitad Autónoma de Barcelona. Este último, no dia seguinte, ministrou o primeiro dos encontros internacionais de dermatologia veterinária que congregou mais de 200 participantes (78% de médicos veterinários argentinos e brasileiros: SP, CE, MG, SC, PR, RS, GO, PE, RJ e BA).
O evento, implantado no auditório da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, na Cidade Universitária "campus" de São Paulo, foi organizado pela SBDV, com a colaboração do Programa de Pós-Graduação em Clínica Veterinária do Departamento de Clínica Médica da FMVZ/USP, da ANCLIVEPA-SP, da SPMV e do CRMV/SP.
Portanto, em março de 2000, com grande êxito fundou-se a SBDV, que congregou, em sua primeira diretoria, dermatólogos paulistas (Carlos Eduardo Larsson, Cid Figueiredo, Mary Otsuka Ikeda, Ana Cláudia Balda, Rui Carlos Vicenzi, Ronaldo Lucas, Soledad Cássia Chiesa, Paulo Sérgio Salzo, Ericka Homan Delayte), cariocas (José Daniel Luzes Fedullo, Regina H.R. Ramadinha), mineiro, por adoção, (Lissandro Gonçalves Conceição), paranaense, por adoção, (Eliane C. Palaoro Pereira), docentes universitários e clínicos autônomos, que implementaram em três anos onze eventos, congregando 964 participantes (88 inscritos/evento ou 350 associados freqüentes/ano de atividade). A criação da SBDV está assentado no Capítulo 22 ("Chronology of Veterinary Dermatology" – 1900/2000) da 6ª edição do Small Animal Dermatology, à página 1.464.
A SBDV, hoje (abril de 2004), com sua segunda Diretoria Executiva, eleita em 17 de março de 2003, congrega 161 sócios (vide mapinha anexo), estrangeiros (argentinos, uruguaios, chilenos, mexicano, portugueses e espanhóis) e brasileiros (paulistas, cariocas, mineiros, potiguares, cearenses, paranaenses, pernambucanos, gaúchos, goianos, sergipanos, catarinenses, paraibanos).
Mantém, a SBDV, eventos gratuitos aos seus sócios quites ("Cutis in Totum", "Noite do Tegumento"), jornadas internacionais (duas edições), cursos de difusão e atualização. Em 2004, estabelece-se convênio com a Universidade de São Paulo, através da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão, vinculando a SBDV à FMVZ/USP, através do Departamento de Clínica Médica, visando a implantação do primeiro curso de especialização em dermatologia veterinária (CEDV) da América Latina, com mais de 500 horas de duração, atendendo o preceituado nas posturas legais (MEC, CFMV) que regem a matéria.
Este CEDV destinado, principalmente, aos seus associados, se prestará como um dos elementos para a obtenção do título de especialista em dermatologia veterinária (Processo CFMV 0199/2004).
Mantém hoje, a SBDV, parcerias com outras entidades associativistas como as congêneres Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária, Sociedade Brasileira de Odontologia Veterinária, Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais – São Paulo, Sociedade Paulista de Medicina Veterinária, propiciando aos médicos veterinários e aos acadêmicos (SPMV, SBDV) associados, descontos nas inscrições em eventos dos calendários científicos de cada uma delas. Evitando-se, assim, aos interessados ecléticos, a filiação a mais de uma ou a todas as entidades.
Hoje, na segunda gestão, se tem um patrimônio palpável, razoáveis reservas financeiras, propiciando o congelamento das anuidades, já há dois anos. A consolidação da SBDV, com grande credibilidade junto à classe e ao empresariado, permite que se implante o CEDV em poucos meses, que se pleiteie o credenciamento pelo CFMV da outorga do título de especialista e que iniciemos a realização de eventos em outros estados da federação, metas que devemos atingir até o fim da segunda gestão.
O primeiro dos tratados de dermatologia veterinária ("Hautkrankheiten bei Haustieren"), data de 1903, tendo sido elaborado por Hugo Schindelka, em Viena.
Criado em 1964, na Filadélfia – EUA, por Conroy, Kral, Muller e Schwartzman
Entre 2000 e 2003 chegou a contar com 146 sócios destes 35 foram desligados ou se afastaram por moto próprio.
Resolução CFMV 756/17.10.03/MEC/CNE-CES Resol. 1/03.04.01.
"Tolle, lege" (toma, lê)
Carlos Eduardo Larsson CRMV/SP nº. 1037 Presidente da SBDV Gestão 2000-2003/2003-2006
PAÍS |
Nº |
% |
Argentina |
2 |
40,0 |
Espanha |
1 |
20,0 |
México |
1 |
20,0 |
Portugal |
1 |
20,0 |
Total |
5 |
100,00 |
BRASIL |
156 |
96,9 |
ESTADO |
Nº |
% |
São Paulo |
128 |
82,0 |
Rio de Janeiro |
9 |
5,7 |
Distrito Federal (Brasília) |
2 |
1,3 |
Minas Gerais |
4 |
2,5 |
Rio Grande do Sul |
2 |
1,3 |
Paraná |
4 |
1,3 |
Ceará |
1 |
0,6 |
Sergipe |
1 |
0,6 |
Santa Catarina |
1 |
0,6 |
Pernambuco |
1 |
0,6 |
Alagoas |
1 |
0,6 |
Paraíba |
1 |
0,6 |
Espírito Santo |
1 |
0,6 |
Goiás |
1 |
0,6 |
Mato Grosso |
1 |
0,6 |
Total |
158 |
99,5 |
Número de Sócios** |
Nº |
% |
Estrangeiros |
5 |
3,1 |
Brasileiros |
156 |
96,9 |
Total |
161 |
100,0 |
Fonte : Secretaria da SBDV (agosto de 2004)
REFERÊNCIAS
MASON, I. Editorials: A historical perspective. Vet. Dermatol ., v. 15, n. 2, p. 59-60, 2004.
FIGUEIREDO, C. "Contribuição para a história da dermatologia veterinária no Brasil – Aspectos históricos e perspectivas". 9 p., outubro de 1993, em correspondência enviada a Carlos Eduardo Larsson.
FIGUEIREDO, C.; LARSSON, C.E. Anteprojeto de estatuto da Academia Brasileira de Dermatologia Veterinária. 5 p., julho de 1991, em correspondência trocada entre os autores.
Ata da Assembléia Geral da fundação da SBDV, aprovação de seus estatutos, eleição e posse de Diretoria Executiva e Conselho Consultivo, realizada em 16 de março de 2000, em São Paulo. 32 p. Registrado no 7º. Tabelião de Registro de Títulos e Documentos em 10 de abril de 2000.
Ata da Assembléia Geral de empossamento da Diretoria Executiva e Conselho Consultivo, eleitos em 17 de março de 2003, realizada em 31 de março de 2003. Registrado no 7º. Tabelião de Registro de Títulos e Documentos, 4 de agosto de 2003.
SCOTT, D.W.; GRIFFIN, C.E.; MILLER JR, G.H. "Muller & Kirk´s Small Animal Dermatology". 6ª ed. Saunders, Califórnia, 2001.